Otimismo para investir e empregar

06 de agosto de 2019

Com o aumento da atividade no último trimestre e os sinais de melhora na economia, a expectativa dos empresários com o futuro da construção civil em Santa Catarina está sendo refletida em indicadores. A intenção de investir no Estado alcançou em outubro o maior índice desde julho de 2014, superando a média brasileira em 18,4 pontos. Os dados são do Observatório da Fiesc e da CNI.

Antônio Moser, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Santa Catarina (Sindimóveis), acredita que o otimismo do mercado e a confiança empresarial em realizar mais investimentos gera um ciclo positivo para o setor. Para o dirigente, a tendência é que nos próximos meses os patamares pré-crise sejam atingidos e até superados.

– Muitas vezes não é só o fato da economia em baixa, porque sempre há pessoas com potencial de investimento. Porém, em virtude da desconfiança do mercado, o investidor acaba aguardando. Claramente percebe-se que essa confiança vem crescendo e gera esperança, então há um certo movimento de compra e venda – observa.

Com a expectativa crescente por investimentos, aumenta também a perspectiva de crescer o número de empregados no setor. Conforme dados do Observatório da Fiesc, a expectativa de contratação para o setor é a maior desde maio de 2014, igualando o índice nacional.

Atualmente, Santa Catarina tem 90 mil trabalhadores no setor da construção civil, que soma 15 mil empresas — cerca de 12% dos negócios formais do Estado. O saldo de empregos em 2018 tem sido positivo, segundo dados do Ministério do Trabalho. De janeiro a outubro houve variação positiva de 4.197 vagas, contrariando a tendência de 2017, que terminou com redução de 503 postos de trabalho.

– A construção civil é uma área que demanda com maior rapidez novos empregos, além de puxar outros setores e criar vagas de forma indireta. Será o grande gerador de vagas no curto prazo se essas perspectivas se concretizarem – opina o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) em Joinville, Vilson Buss.

Outro indicador nacional publicado pela CNI, o índice de Confiança do Empresário da Construção, registrou 60,7 pontos em novembro. O resultado é 8,6 pontos acima do registrado em outubro e representa o maior valor desde maio de 2012. Além disso, o nível de confiança foi 7,8 pontos a mais que sua média histórica, de 52,9 pontos.

— Nossa expectativa é de uma melhora significativa. Toda indústria imobiliária está se preparando para esse crescimento. Os terrenos estão comprados, os projetos estão aprovados e com a retomada do crescimento e das vendas vamos ter cada vez mais lançamentos e, aí sim, conseguiremos gerar mais empregos — finaliza o presidente da Sinduscon de Blumenau, Marcos Bellicanta.

SC EM CONSTRUÇÃO

Setor imobiliário se une por inovação

14 de agosto de 2018

 

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(Baguete)

Empresas do mercado imobiliário brasileiro, entre elas Grupo Zap, Cyrela, Astella, Brasil Brokers, CCP, Athie Wohnrath e Construtech Ventures, fundaram o MITHub com o objetivo de fomentar o cenário de startups com soluções para o mercado imobiliário e da construção.

A partir da iniciativa, o grupo também será responsável pelo Startalks Imobi, um projeto voltado para conexão entre empresas consolidadas do setor e negócios inovadores.

O MITHub busca promover a conexão entre participantes, o crescimento das startups participantes e a geração de novas ideias e troca de experiências entre o cenário de tecnologia e mercado imobiliário.

Inicialmente, a aproximação com o ecossistema de startups e inovação será realizada com eventos e workshops. Posteriormente existem planos para que as empresas de tecnologia sejam incubadas e aceleradas no MITHub, ampliando as possibilidades de inovação.

O Grupo Zap, que que nasceu na fusão das empresas Viva Real e Zap, dará apoio técnico e liderará eventos e conexões entre as startups e demais companhias.

"O início da história do Grupo foi da conexão entre companhias distintas, com atuações diferentes, mas que lideravam o mercado. Queremos ampliar esse conceito e criar um mercado que revolucione, que cresça e mude o modo como as pessoas se relacionam com imóveis, desde a busca, passando pela transação, até a moradia", detalha Victor Vasconcelos, gerente de novos negócios do Grupo Zap.

O MITHub é formado por Grupo ZAP, Cyrela, CCP, Brasil Brokers, Construtech Ventures, Athié Wohnrath, MEZA, Distrito, BNZ e Closed Gaps.

No primeiro encontro realizado pelo grupo, cinco startups tiveram a oportunidade de apresentar suas soluções para os participantes: Agenciou (para conexão entre proprietários e imobiliárias), Justto (automação de negociação de acordos), Processo Digital (aprovação de projetos urbanísticos e arquitetônicos), Escritura Fácil (conecta clientes aos cartórios de menor custo) e Oito (gestão e automação para o backoffice jurídico).

Fontehttps://www.baguete.com.br/noticias/26/07/2018/setor-imobiliario-se-une-por-inovacao

Marco regulatório e melhor mercado imobiliário dão fôlego à capitalização

10 de julho de 2018

(DCI)

A implementação do marco regulatório para capitalização fomentará a criação de produtos e a venda de novos títulos a partir do primeiro trimestre de 2019. Além disso, a estimativa de melhora do mercado imobiliário também dá fôlego à garantia de aluguel.

De acordo com o diretor executivo da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Carlos Alberto Corrêa, ainda que os resultados deste ano possam "não alcançar 100%" das projeções, o marco regulatório do setor deve trazer novos impulsos.

"É o que precisamos para dar mais transparência e visibilidade para a capitalização. Isso trará novos produtos para o nosso portfolio", diz.

Acabou, na última quinta-feira, o prazo da consulta pública criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A expectativa é que a complementação da Circular 569 - de maio - será efetiva em 31 de agosto.

"O prazo para adequação fica entre 120 e 180 dias. Em fevereiro já teremos as prateleiras prontas para a venda de novos produtos e aumento do setor", completa Corrêa.

Garantia Locatícia

Já do lado das seguradoras, as projeções estão, em sua maioria, voltadas para a recuperação do mercado imobiliário.

Segundo o superintendente de negócios da SulAmérica Capitalização, Natanael Castro, a baixa venda de imóveis trouxe um aumento na venda de títulos de garantia de aluguel.

"Temos um contexto econômico que, de certa forma, represa o crescimento do faturamento, mas a emissão da circular traz uma tendência positiva, principalmente para os produtos voltados para o mercado imobiliário", afirma.

"O título como garantia locatícia é um dos produtos mais conhecidos e, a partir do aquecimento do mercado e da modernização do marco, vemos crescimento significativo quando olhamos para 2019", opina o superintendente de riscos e capitalização da Porto Seguro, Luiz Carlos Henrique.

Os últimos dados da FenaCap apontam que, de janeiro a maio deste ano, a receita do setor atingiu R$ 8,6 bilhões, alta de 8,1% em relação a igual período de 2017. As provisões técnicas - recursos resgatados antecipadamente, ou no fim da vigência - fecharam com R$ 29 bilhões (+2,7%).

Site: https://www.dci.com.br/financas/marco-regulatorio-e-melhor-mercado-imobiliario-d-o-folego-a-capitalizac-o-1.722440